Sua cultura é alta ou baixa?


James Tissot - A mulher da moda (A mundana) - 1885 


Nos filmes dos Irmãos Marx, a atriz Margareth Dumont representava a socialite norte-americana rica e chique. Era cortejada por Groucho, e sofria o tempo todo, porque o humor corrosivo daquelas pestes, não respeitava nada, sobretudo as instituições, a cultura, e tudo oque fosse sentimento "elevado".

O patriotismo guerreiro, os exércitos, a universidade, os grandes hotéis, as grandes recepções e, sobretudo, o grande esnobismo. Eles atacavam todo mundo, zombavam, empastelavam, arrebentavam. Groucho, com o seu bigode acintosamente maquiado, seu charuto, é cínico, impiedoso, desagradável.

Era a vingança da baixa cultura contra a alta.

Eles fizeram o mais memorável estrago numa representação de ópera de que se tem notícia.



Os Marx encarnavam o humor popular, vindo do vaudeville, que ridiculizava as pretensões dos ricaços.

Woody Allen também não suporta os esnobismos. Não verifiquei, mas duvido que haja um único de seus filmes no qual não apareça um esnobe cultural do qual ele zomba. Com algum ódio, porque em vários casos, esse esnobismo ajuda muito a seduzir mulheres.

Em A Midsummer Night's Sex Comedy (1982)Allen põe em cena um filósofo (José Ferrer) que hipnotiza sua noiva muito mais jovem (Mia Farrow), cantando, com voz não muito afinada, um lied de Schubert.




O filme tem diálogos assim:

Ariel: [sobre Leopold] Ele me ensinou muito ...
Andrew: Como o que?
Ariel: Como ouvir Mozart.
Andrew: Com seus ouvidos, certo?

Leopold: Eu tive o privilégio de escoltar Ariel pela Capela Sistina pela primeira vez em sua vida e explicar-lhe exatamente por que o teto de Michelangelo era realmente grande.
Ariel: Quando Rafael olhou pela primeira vez, ele desmaiou.
André: Ele estava de barriga vazia?


Em Everyone Says I Love You, Joe Berlin, para seduzir uma jovem deslumbrada com a cultura, aprende algumas expressões sobre Tintoretto, como chiaroscuro ou controle do gesto. Elas são poucas, mas bastam para fazer o efeito desejado. 

O esnobismo cultural existe no mundo inteiro. Mas, ao passar uma boa temporada nos Estados Unidos, de 1998 ao ano 2000, eu fiquei surpreso descobrindo como lá esse esnobismo está ligado à insegurança e à dificuldade que os norte-americanos têm ao lidar com a cultura. É muito diferente em relação à Europa, e ao Brasil, que, neste caso, são bastante parecidos.

Desde essa época, venho acumulando algumas reflexões e projetado, vagamente, em escrever  alguma coisa a respeito. Talvez só fazendo um curso de um semestre sobre o tema eu conseguisse pôr em ordem as ideias, e depois sintetizar num ensaio. Quem sabe.

Aqui, jogo,  pêle-mêle, em rascunho, ideias que me vêm à cabeça.

O primeiro ponto, é que existe, entre os norte-americanos, uma forte instrumentalização classificatória. Henry James, em seu romance The American, põe em cena Christopher Newman, um jovem de seus trinta anos, que descobre a Europa em um Grand Tour, o seu primeiro. Na abertura do livro, Newman está no Louvre: "Ele havia visto todas as pinturas que tinham um asterisco naquelas páginas formidáveis em letras pequenas de seu Baedeker, sua atenção estava tensa e seus olhos estavam ofuscados, e  ele sentou-se com uma dor de cabeça estética. (...) Sua fisionomia teria indicado suficientemente que ele era um sujeito astuto e capaz, e na verdade costumava ficar debruçado a noite toda sobre um monte eriçado de contas, e ouvia o galo cantar sem bocejar. Rafael, Ticiano e Rubens eram um novo tipo de aritmética, e inspiraram ao nosso amigo, pela primeira vez em sua vida, uma vaga insegurança."


George Bellows - Retrato de desconhecido. Sem data.

Baedeker era o guia clássico de todos os viajantes. A classificação com um asterisco, indicando o que era mais importante e devia ser visto, compensava um pouco a insegurança cultural de Newman. 

Piso agora no acelerador: nos meios culturais norte-americanos, a hierarquia exterior, muito nítida, é essencial para compensar a falta de cultura vivida (como no caso de Newman), ou a intimidação diante da cultura.


***

Há uma vocação muito classificatória entre os americanos, e não apenas no campo da cultura.

Neste, porém, duas definições são essenciais: highbrow e lowbrow (testa alta e testa baixa), ou seja, alta e baixa cultura, às quais se acrescenta uma, intermediária: middlebrow. Elas são antigas. Há, bem recente, uma nova: nobrow. Deixo esta de lado.

Em 1949, Russell Lynes, fotógrafo e editor da revista "Harper's", publicou um artigo sobre as noções de "highbrow, lowbrow e middlebrow". Nele, uma fotografia mostra três homens de costas: o primeiro, "highbrow", alto e elegante, terno bem cortado, as mãos cruzadas nas costas, admira um Picasso; o segundo, "lowbrow", gordinho, em mangas de camisa, suspensório, olha para o desenho de uma pin-up; enfim, com terno pré-fabricado, mãos no bolso do paletó, o último, "middlebrow", observa "American Gothic", de Grant Wood.




A foto é melhor do que qualquer definição. Ela deixa evidente a relação entre as culturas altas, média, baixa e as camadas sociais. O modo de se vestir - quer dizer, o dinheiro que eu tenho, as pessoas que eu frequento - define não apenas aquilo que eu aprecio, mas aquilo que eu devo apreciar.

Isso é essencial, ao perceber essas categorias do alto para baixo. Se eu sou highbrow, sobretudo não quero ser visto como middle, ou lowbrow. São sinais exteriores de definição social. Por outro lado, um low ou middlebrow que querem ascender, procurarão sinais sociais superiores.

Conheço apenas dois livros a respeito. É decepcionante, devido à grande importância desses comportamentos culturais nos Estados Unidos. Além disso, são publicações antigas. Mas tornaram-se clássicos, de algum modo. Um é de 1986, o outro de 1970, atualizado em 1999.




O livro de Levine tem um enfoque de historiador, o que ele era. O de Gans, que é sociólogo, propõe um esquema analítico para compreender o fenômeno.

Levine abre seu prólogo com uma historinha: "Eu estava de pé no saguão do Woodrow Wilson Center, em Washington, D. C., poucos anos atrás, batendo um papo com um universitário que tinha acabado de ver vários filmes de Buster Keaton."


"Ele estava tão entusiasta e admirador das habilidades de Keaton que eu relaxei minha reserva habitual quando discuto de tais matérias com meus colegas acadêmicos. 'Sim', eu concordei, 'Keaton era um grande artista'. Sem querer, eu havia tocado a campainha e meu colega estava prestes a provar que Pavlov tinha razão mais uma vez. Ele pareceu confuso por um momento, e então veio a correção adjetiva habitual: 'um grande artista popular'".

Entre muitas outras coisas, Levine cita o jornalista Gerald Nachman: "Ninguém está falando aqui de cultura. Estou falando de prazer". A palavra em inglês é enjoyment, que tem joy, alegria, em sua composição. Isto me parece crucial: se é cultura, não é nem alegre, nem prazeroso.

Levine centra-se no século XIX, e nas transformações dos comportamentos em relação à cultura, e seu núcleo é Shakespeare, um autor presente no meio popular norte-americano desde o século XVIII: ele nos diz que havia dois livros indispensáveis em cada casa, a Bíblia e Shakespeare.

O processo de sacralização geral, no mesmo período, estuda no segundo capítulo. O mesmo que ocorrera com Shakespeare (que passou de um autor familiar para um monstro cultural sagrado e intocável), ocorre também com a ópera: "Nos termos de Ronald Davis [historiador da música], a ópera foi se tornando "mais um símbolo de cultura do que uma força real de cultura", e as casas de ópera se tornaram menos um centro de diversão do que uma fonte sagrada de iluminação cultural, menos um teatro vivo do que, como Herbert Lindenberger [professor em Stanford, autor de Situating opera] expressou, "um museu expondo obras-primas em estilos de muitos períodos".

Ilustração para a edição argentina do livro "Opera", de Edward J. Dent

Ele cita um imaginário diálogo, publicado em 1884 pela revista Life:

"- O que é isto?
- Isto, querida, é a grande biblioteca Lennox.
- Mas por que as portas estão fechadas?
- Para manter as pessoas fora.
- Mas por quê?
- Para evitar que os lindos livros sejam estragados.
- Por quê? Quem gostaria de estragar os lindos livros?
- O público.
- Como?
- Lendo."

Na época, a biblioteca Lennox (hoje anexada à Biblioteca Pública de Nova Iorque) era apenas uma biblioteca de pesquisa, e apenas acadêmicos tinham acesso, desde que reservassem lugar dois dias antes, por carta.

A antiga biblioteca Lennox, em Nova Iorque

Até hoje, no mundo inteiro, existem bibliotecas reservadas a pesquisadores. Mas o tom irônico, diante do imponente edifício que se erguia como um castelo fechado, fala-nos dos superiormente cultos e dos mortais comuns.

Isto se vincula ao acesso à cultura pelas massas. Levine lembra, delicadamente, Susan Sontag e o inevitável Walter Benjamin, mas põe o dedo na ferida, ao dizer: "Qualquer coisa que produzisse uma atmosfera de grupo, um ethos de massa, era culturalmente suspeito."

Diante da ameaça dessa população cada vez mais heterogênea, misturando imigrantes das mais diversas origens, pobres de todos os tipos, o livro assinala três reações do público socialmente "elevado":
1 - Retirar-se em seus próprios espaços privados sempre que possível;
2 - Transformar o espaço público por regras, sistemas de gosto e cânones de comportamento escolhidos por eles próprios;
3 - Convencer os "estrangeiros" nos seus comportamentos e predileções culturais a imitar a elegância superior. Esta última reação é sem dúvida carregada de ambiguidades, porque funcionando apenas em último caso, diante do inevitável.

Tais regras demonstram que a cultura, em princípio um dado interior, nesta configuração em grande parte se apoia em sinais exteriores.

Não existe espaço mais ritualizado do que o da sala de concertos. O público deve ser obediente e bem comportado. Ai de quem aplaude fora de hora, entre um movimento e outro, por exemplo. O livro de Levine está cheio casos nos quais intérpretes "disciplinam" um auditório rebelde (um deles conta que Stokowski interrompeu a execução do Choros nº 8, de Villa-Lobos, dizendo, certamente com desprezo, para um grupo barulhento, que eles deviam ir para fora, fumar um cigarrinho). O pianista Edward Baxter Perry, em 1892, escreveu regras, não apenas de comportamento, mas de como ouvir música (com os ouvidos?, perguntaria mais tarde Woody Allen.) Era necessário "domar as audiências", escreve expressivamente Levine.



Gerard Hoffnung


"Há, finalmente, o mesmo sentido de que cultura é algo criado pelos poucos, para poucos, ameaçada pelos muitos, fragilizada pela democracia; a convicção de que a cultura não pode vir dos jovens, dos sem experiência, dos sem formação, dos marginais; a crença de que a cultura está terminada e fixada, definida e medida, complexa e de acesso difícil, reconhecível apenas por aqueles que foram treinados para reconhecê-la, compreendida apenas por aqueles qualificados para compreendê-la".

Levine fustiga o conservadorismo graças ao qual a história da arte norte-americana continua sendo negligenciada nas universidades dos Estados Unidos. Não é o caso do que foi produzido depois da Segunda Guerra Mundial (Action Painting e abstrações de todos os tipos, Pop-Art), porque essas formas artísticas foram reconhecidas na Europa. Mas o realismo da primeira metade do século XX continua desprezada, porque não corresponde à vanguarda artística européia.


Grant Wood - American Gothic - 1930

O livro de Levine é excelente: ele demonstra como uma relação sentida, enérgica, com a cultura, passa, pouco a pouco, ao longo do século XIX, para um universo ritualizado, exterior. O princípio da familiarização, da cultura vivida, é secundário.


Metropolitan Opera - Nova Iorque - Interior


Uma historinha pessoal. Quando vivi em Nova Iorque, fui muito às óperas.  No Metropolitan, o balcão nobre, à direita, tem seus camarotes reservados para os membros do Metropolitan Opera Club, que vão, em longos e smokings, assistir aos espetáculos. (A sala sempre me pareceu um "boudoir de cocotte", inteiramente recoberta com folhas de ouro.) Entre os privilégios dessa aristocracia, está o restaurante privado. Acredito que muitos dentre eles devem ter um amor sincero pela ópera, mas certamente não todos... Outro ponto: nunca ouvi uma única vaia ali. Se pensarmos nos teatros europeus, em que o público não hesita em manifestar seu desagrado, o contraste é expressivo. Em uns, a relação familiar e apaixonada eletriza a escuta. No outro, a boa educação substitui a falta de familiaridade e de julgamento.



As análises de Levine não atingem o século 20.

O livro de Gans, ao contrário, está interessado em sua contemporaneidade. Ele não escapa à obsessão classificatória norte-americana, e subdivide as três categorias culturais primitivas - alta, média e baixa - em cinco. Mas isto não é problema, e o texto é rigoroso e vivo. Seu ponto de vista sociológico erige uma articulação direta entre "aquilo que o público escolhe como arte e diversão, com seus recursos econômicos, tanto simbólico tanto quanto material."

Weegee - A crítica - 1943 - Weegee clicou "The Critic", em 22 de novembro de 1943, do lado de fora do Metropolitan Opera, na noite de abertura da temporada, quando a chegada duas damas da sociedade, George Washington Kavanaugh e Lady Decies, foi perturbada pelo expressivo olhar de uma cidadã menos refinada .  As duas senhoras, carregadas de jóias e a espectadora enlouquecida apareceram em 'The Opera', uma seção do livro de Weegee, "Naked City", de 1945. Ele disse a respeito: 'Eu não conseguia ver o que estava clicando, mas quase sentia o cheiro da presunção. Alguém parou a dupla no vestíbulo da casa de ópera e perguntou se era apropriado usar tantas jóias 'nestes tempos críticos'. A mulher mais velha pediu desculpas por usar as jóias do ano passado e acrescentou que as usava para levantar o moral."


Gans declara logo de início que seu livro "defende a cultura popular contra alguns de seus agressores, sobretudo aqueles que clamam que apenas alta cultura é cultura, e que a cultura popular é um perigoso fenômeno de massa". Dá nome aos bois: Escola de Frankfurt e derivados. Excelente.

Mais ingênua talvez, mas generosa, é sua afirmação de "que todas as pessoas têm o direito à cultura que preferem, não importando se é alta ou baixa".

Suas análises são muito rigorosas e complexas. Um ponto: ele nunca introduz o princípio do prazer. É fato de que se trata de um dado sociológico muito difícil de ser medido: o prazer que as pessoas têm em relação ao próprio universo cultural.

Creio, porém, que o mais verdadeiro é o nível da baixa cultura. Quero dizer: nele, as pessoas gostam porque gostam. Não porque signifique um qualquer esnobismo. Ao contrário, na alta cultura, é o "criador que impõe", e o público "domado", suporta tudo, muitas vezes, de modo protocolar apenas. Para tanto, precisa de critérios aprendidos, e não vividos.

Weegee - Mulher com binóculos de ópera - anos de 1940

Lembro-me, uma vez, que estava com um grupo de universitários norte-americanos na Pinacoteca, em São Paulo. Foi quando vieram as telas de Eckhout da Dinamarca.


Albert Eckhout - Mulher africana - 1641

Diante daqueles grandes quadros que parecem fugir a toda classificação histórica, meus colegas ficaram perplexos. Tiveram um recuo, e um silêncio, evidentemente atônitos. Estou seguro que estavam se perguntando se podiam ou não gostar. Depois, comecei a falar um pouco, e os olhares foram se desanuviando, e todos saíram satisfeitos.

Os esnobismos pertencem a todos os lugares, mas o modo de viver a cultura nos Estados Unidos é singular. Trazem grandes obras da Europa, até claustros inteiros, até castelos, pavilhões das halles de Baltard,  e a ponte de Londres, como se esperassem que isso pudesse produzir um misterioso trabalho, apenas por sua presença. Não que ninguém desfrute as obras. Mas há como que uma relação de distância.

Desse modo também é difícil - a não ser por moda pós-moderna - fazer com que o público da alta cultura norte-americana misture os gêneros, já que tudo é muito rigidamente classificado. Eu costumo usar, de vez em quando, uma frase provocadora - e que não é, pelo menos não inteiramente, verdadeira: os americanos têm o melhor cinema do mundo e a pior crítica.

Muitos amigos highbrow se escandalizaram, porque acham o cinema americano, na sua grande maioria, um lixo, e os críticos, pertinentes. Aqueles que aceitavam algum cinema americano era via Cahiers du Cinéma, e sua politique des auteurs, que fizeram entrar John Ford, Hitchcock e outros na categoria highbrow. Mas eles são apreciados porque encontraram lugar nessa categoria.

Uma capa assim:


de uma revista hiper-cabeça, que coloca Johnny Depp, Tim Burton e Robert Bresson juntos, anunciando um dossiê sobre o manga japonês, parece-me muito difícil, senão impossível, de ser concebida nos Estados Unidos. Porque ela mistura irremediavelmente todos os níveis e trata-os, todos, com o mesmo respeito, com o mesmos processos de compreensão.

Creio que também não se pode conceber o Pop Art sem ter em mente esses modos classificatórios. O gesto poético desses artistas foi retirar o que estava no lowbrow e projetá-lo no highbrow. Pressupõe-se que um apreciador de Roy Lichtenstein não leia revista em quadrinhos. Ou então, que não confesse fazer isso.

Roy Lichtenstein, Masterpiece, 1962

O Pop Art nunca teve dimensão política, ou de denúncia. Sua exportação para a Europa, por exemplo, no movimento Nouvelle Figuration, deu a ele essa dimensão específica.


Erro - Allende/Topino-Lebrun - 1974

O Pop Art também não foi uma crítica da sociedade de consumo. Foi um jogo de deslocamento sociológico. Terminou com a arte concebida como sacralização elevada, própria à abstração do pós-guerra, e mostrou que era possível sacralizar a banalidade lowbrow da sociedade americana. O grande gesto instalador dos Ready-Made de Duchamp alimentava-se, com isso, de uma cultura especificamente nacional.

Haveria mais a pensar sobre o poder dos instrumentos classificatórios culturais (quem consegue fazer um funkeiro ter prazer com música sertaneja, ou um sertanejo ter prazer com o rock, e assim por diante? As categorias classificatórias autorizam ou não o prazer, além de forjar um cimento identitário). E há um outro capítulo que eu gostaria de desenvolver, quem sabe no futuro, porque, agora, ufa!

Esse capítulo falaria de como, apesar do extraordinário fascínio norte-americano pela cultura européia, há um medo dessa mesma cultura, um temor do deletério que vem de fora, tema tão absurdamente frequente que se torna um motivo condutor em quase todas as produções literárias e cinematográficas norte-americanas que se referem à Europa e à cultura.



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