Turma do Peito (The Letdown), de Alison Bell e Sarah
Scheller, 2017
Às vezes é muito legal e engraçado, em outras parece um
assustador filme de terror. As desventuras de parir e criar um filho constituem um subgênero entre as comédias, e esta série australiana disponível na Netflix
vem fortalecer essa filmografia. A protagonista Audrey é uma mãe novata que
aprende a custa de muitos tropeços e cabeçadas a como cuidar de sua cria.
Participante de um grupo de apoio a pais e mães, ela trilhará em 7 episódios um
caminho de muitos aprendizados.
É engraçado e assustador – isso eu já disse. Mas é também
emocionante em muitos momentos. Eu que não tenho filhos, aprendi um bocado com
a série. Nunca antes tinha visto tantos detalhes chocantes sobre mães e bebês,
há uma propriedade muito forte no discurso da série. Tipo, dá pra sacar que
eles sabem bem do que tão falando.
A desigualdade entre as funções da mãe e do pai, a privação
do sono, os avós e as tretas familiares, as mudanças nos corpos e cérebros das
mães, a vida social, amamentação, as ameaças que parecem vir de todos os lados, o desaparecimento da vida sexual.
É de fato muito fascinante.
E o elenco é maravilhoso. Ótimos atores para ótimos
personagens, sem exceção, a começar pela comediante e criadora da série, Alison
Bell. Texto e diálogos afiados, sem enrolação. Uma pena que seja tão curto.
Alguns vão se surpreender, outros se identificar.
Absolutamente acertado! No meu caso, identificação imediata e emoção em muitos momentos.
ResponderExcluirA série tem vários momentos muito verdadeiros, né. Sem dúvida é um de seus pontos mais fortes.
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